Às vezes, a paciente apresenta mamas relativamente pequenas, mas com excesso de pele. A simples retirada desta pele que está sobrando, permite a obtenção de mamas com volume normal. O uso de prótese de silicone deve ser restrito aos casos em que realmente não se consegue aumentar o volume das mamas apenas com o próprio tecido mamário.
A consulta pré-operatória é o momento mais importante para esclarecer todas as dúvidas quanto ao uso de próteses de mama e deve incluir o tema Câncer de Mama. Alguns dados são importantes: nos EUA sabe-se que uma em cada 8 mulheres deverá desenvolver o Câncer de Mama ao longo de sua vida. Nos EUA também, foram colocadas próteses mamárias em 203.310 pacientes no ano de 2.000. Portanto, destas 203.310 pacientes, ao redor de 20.000 desenvolverão este tipo de tumor nos próximos anos. É importante salientar que, nestas pacientes, o tumor aparecerá mesmo que não sejam colocadas as próteses.
É muito importante para as mulheres que tem próteses mamárias a discussão sobre o diagnóstico precoce do Câncer Mamário e o possível tratamento e aqui vamos resumir as principais novidades neste tema:
1. A situação anatômica da prótese influencia no diagnóstico mamográfico.
A mamografia pode não visualizar todo o tecido mamário quando a prótese está em posição retroglandular. Isto muda radicalmente quando a prótese está atrás do músculo peitoral. Com uma manobra, conhecida como técnica de Eklund e com a prótese atrás do músculo
peitoral maior, a margem de erro no diagnóstico cai de 57 para menos de 10%.
2. Diagnóstico por punção.
A técnica de punção e biópsia prévia é um método excepcional para o diagnóstico e a orientação do tratamento e está sendo cada vez mais utilizada em nosso meio. Este exame pode ser realizado mesmo com a presença de prótese, mas é um exame muito mais seguro quando a prótese está situada atrás do músculo e não está provocando uma reação com presença de um tecido duro e contrátil ao redor, fenômeno este conhecido como cápsula.
3. A prótese de Mama não provoca Câncer de Mama.
Estudos atuais mostram que não há relação de causa e efeito entre o Silicone e Câncer de Mama.
4. Qual é a via de acesso que pode atrapalhar o diagnóstico e tratamento?
Cada vez mais se utiliza de uma técnica para identificar o gânglio sentinela, que consiste em identificar o trajeto de células cancerosas para a cadeia de gânglios da axila. Para isto é necessária a injeção de uma tinta na pele e tecido sub-cutâneo para estudar a sua migração para a axila. Esta tinta é injetada sob a pele ao redor da aréola e mamilo. Uma vez identificado este gânglio e o exame for negativo, pode-se economizar a retirada da toda a cadeia ganglionar axilar, o que diminui o tempo de cirurgia e as complicações do esvaziamento ganglionar, como dor, edema de braço e antebraço e deformação da axila. Em pacientes em que se utilizou a via periareolar ou transareolar para colocar a prótese mamária, este exame fica prejudicado.
5. A Radioterapia e a Prótese mamária.
Sabe-se que a radioterapia aplicada na área da mama de pacientes com prótese de silicone favorece o desenvolvimento de uma reação cicatricial ao redor da prótese que endurece os
tecidos e deforma a mama piorando o resultado estético.
6. Qual é a influência da prótese de mama no diagnóstico e sobrevida das pacientes que desenvolvem Câncer de Mama?
Análises estatísticas mostram que a presença de prótese mamária não altera o prognóstico
de sobrevida das pacientes, isto quando foi utilizada a técnica e a prótese adequada.
Pode-se concluir, tendo em vista estes recentes dados, que a cirurgia de aumento mamário com prótese de silicone continua sendo uma cirurgia efetiva e que mostra ser muito útil para a paciente, porém deve a paciente ser muito bem orientada antes de ser operada.
A mamografia pode não visualizar todo o tecido mamário quando a prótese está em posição retroglandular. Isto muda radicalmente quando a prótese está atrás do músculo peitoral. Com uma manobra, conhecida como técnica de Eklund e com a prótese atrás do músculo
A técnica de punção e biópsia prévia é um método excepcional para o diagnóstico e a orientação do tratamento e está sendo cada vez mais utilizada em nosso meio. Este exame pode ser realizado mesmo com a presença de prótese, mas é um exame muito mais seguro quando a prótese está situada atrás do músculo e não está provocando uma reação com presença de um tecido duro e contrátil ao redor, fenômeno este conhecido como cápsula.
Estudos atuais mostram que não há relação de causa e efeito entre o Silicone e Câncer de Mama.
Cada vez mais se utiliza de uma técnica para identificar o gânglio sentinela, que consiste em identificar o trajeto de células cancerosas para a cadeia de gânglios da axila. Para isto é necessária a injeção de uma tinta na pele e tecido sub-cutâneo para estudar a sua migração para a axila. Esta tinta é injetada sob a pele ao redor da aréola e mamilo. Uma vez identificado este gânglio e o exame for negativo, pode-se economizar a retirada da toda a cadeia ganglionar axilar, o que diminui o tempo de cirurgia e as complicações do esvaziamento ganglionar, como dor, edema de braço e antebraço e deformação da axila. Em pacientes em que se utilizou a via periareolar ou transareolar para colocar a prótese mamária, este exame fica prejudicado.
Sabe-se que a radioterapia aplicada na área da mama de pacientes com prótese de silicone favorece o desenvolvimento de uma reação cicatricial ao redor da prótese que endurece os
Análises estatísticas mostram que a presença de prótese mamária não altera o prognóstico
de sobrevida das pacientes, isto quando foi utilizada a técnica e a prótese adequada.