“Quando começamos a esmiuçar” as contas, “verificamos que é tudo uma grande encenação”, denunciou o líder comunista.
Jerónimo de Sousa considerou esta terça-feira que a alegada manipulação das contas da Parvalorem, para esconder 150 milhões de euros do BPN, é mais um exemplo de “contabilidade criativa”. O Governo “é capaz de sacrificar tudo para apresentar uma indeia de que conseguiu endireitar as contas, resolver os problemas, que vem ai” um futuro melhor, denunciou o líder comunista, respondendo aos jornalistas no final de uma arruada pelo centro da Parede, Cascais.
“Quando começamos a esmiuçar” as contas, “verificamos que é tudo uma grande encenação” de um Governo que “torturou as estatísticas para se apresentar como grande salvador” de Portugal, acusou Jerónimo de Sousa,
“Não é novidade neste Governo”, insistiu o líder comunista, pois “temos vindo a verificar um tratamento estatístico, um tratamento contabilístico” dos números oficiais “para esconder a verdade” sobre a situação real do país.
Jerónimo de Sousa recusou a ideia de demissão de Maria Luís Albuquerque – que a notícia divulgada pela Antena 1, citando documentos, dá como autora da ordem dada à Parvalorem no início de 2013 enquanto secretária de Estado – do cargo de ministra das Finanças, por entender que deve ser o Governo no conjunto a ser afastado no dia das eleições.
Sobre aos números provisórios da taxa de desemprego divulgados esta terça-feira, que subiu 0,1 pontos percentuais para 12,4% em agosto, Jerónimo disse que são outro exemplo de “manipulação estatística” de um Governo que “considerou como emprego” os cursos de formação e estágios profissionais criados.
FONTE: DN Politica por Manuel Carlos Freire
